domingo, 6 de julho de 2014

O que faço quando meu filho faz birras ou grita? Passos do programa Son-Rise

De Kim: O que eu faço quando meu filho faz birras ou grita?
Cinco Passos Simples do Programa Son-Rise Passos para ajudar seu filho:
1. Perceba que isso é comunicação: Significa que seu filho está chorando ou fazendo escândalos como uma forma de expressar a você que ele quer alguma coisa. Nós podemos ajudá-lo a ver que esta não é a ferramenta mais eficaz para ajudá-lo a conseguir as coisas que eles querem.
2. Verifique como você se sente (por exemplo, sua ATITUDE): Seja o mais calmo e tranquilo possível. Quando você está se sentindo tranquilo e calmo as suas ações o seguirão - e seu filho vai ver esse não é o caminho mais útil para conseguir as coisas que ele quer. Quando nós mesmos estamos tristes ou desconfortáveis quando nosso filho está chorando ou fazendo escândalos, então as nossas ações tendem a ser maiores, mais ousadas, mais rápidas, etc. Quando nós nos movemos rapidamente para dar ao nosso filho a coisa que ele quer com essas grandes ações, então o nosso filho vê assim: “ Uau! Tudo o que tenho a fazer é chorar, fazer birra, gritar, etc. e então a mamãe e papai se movimentam muito rapidamente para mim!”. Nós queremos mostrar-lhes o oposto, uma birra não funciona para eu conseguir as coisas que eu quero. Lembre-se que o uso da técnica do Programa Son-Rise de você permanecer calmo e relaxado está realmente ajudando o seu filho-o a lidar com isso.
3. Use explicações: Explique ao seu filho o que está acontecendo ao seu redor, explique que, mesmo se ele continuar a chorar não vai ter o item ou atividade que quer (se for algo que você decidiu que não quer dar-lhe) , explique como ele pode apontar, falar usando as palavras, ou mostrar o que ele quer, em vez de chorar.
4. Certifique-se que as necessidades da criança sejam atendidas: certifique-se de oferecer-lhe comida, bebida, uma muda de roupa, o banheiro, etc (o ideal é oferecer esses itens antes de começar a chorar ou fazer escândalos).
5. Abaixe a sua energia diante da sua criança se ela continuar a chorar ou fazer birra: Se você já tentou as técnicas acima e seu filho continua a chorar ou a fazer birra, diga-lhe que é bom se eles quer continuar a chorar, e daí você faz outra atividade (por exemplo, ler um livro, fazer e estourar algumas bolhas, tirar uma foto, etc), em seguida, permita-lhe chorar enquanto a energia dele vai se acabando. Tenha em mente que você quer ter certeza de tomar conhecimento de sua segurança - de modo a não perdê-lo de vista. Isso também irá dar ao seu filho a oportunidade de ver que existem outras opções disponíveis para ele em vez de chorar ou fazer escândalos.
Por favor, compartilhe! Seus amigos ou a sua família podem se beneficiar muito com estas sugestões!
Enviado com grande amor do Programa Son-Rise!


TEXTO RETIRADO NA INTEGRA DA PÁGINA Lucca Son Rise e Amigos.

Como fazer crianças autistas escreverem

Escrito por Erica Varlese Traduzido por Lara Scheffer

Instruções

  1. 1
    Faça uma agenda diária para seguir. Crianças com autismo aprendem melhor com uma rotina. Quando estiver elaborando a agenda, inclua intervalos durante o dia para que os estudantes façam uma pausa. Focar em assuntos diferentes e praticar comportamentos não-autistas é um trabalho difícil e pode ser cansativo mental e fisicamente.
  2. 2
    Ensine o vocabulário aos alunos. Muitas crianças autistas são aprendizes visuais e acham mais fácil aprender os substantivos. Para construir um vocabulário para ler e escrever com um estudante autista use cartões com fotos. Certifique-se de que a palavra e a imagem estão no mesmo lado da página, o aluno não deve adivinhar a resposta, mas aprender a associar a imagem com a palavra escrita.
  3. 3
    Dê instruções curtas. Alunos autistas têm dificuldade em lembrar instruções verbais muito longas. Quaisquer tarefas com mais de três passos deve ser escrita para que ele possa consultá-las.
  4. 4
    Utilize fixações como motivações para aprender. Ao invés de ver as fixações do aluno como uma barreira a ser superada, use-as dentro do plano de aula. Se um estudante gosta de barcos, por exemplo, peça que ele escreva uma história sobre barcos durante a aula.
  5. 5
    Comece as aulas de escrita no computador. Habilidades motoras podem ser um desafio para alunos autistas, e a frustração pode deixar o aprendizado mais difícil. Utilizar computadores pode ser útil ao ensinar autistas a escrever porque digitar geralmente é mais fácil do que escrever à mão para eles. Comece com mais tempo no computador primeiro, pontuando o plano de aula com alguns momentos de escrita à mão para manter o aluno motivado.
  6. 6
    Use discussões para induzir a escrita. Verbalize a estrutura da frase com o aluno primeiro, para que seu pensamento esteja bastante claro antes de tentar escrever. Algumas crianças podem precisar que você escreva a frase para que eles copiem primeiro, antes de estarem prontos pra escreverem sozinhos. Levará algum tempo para que eles escrevam seus próprios pensamentos, muita prática será necessária

Dicas & Advertências

  • Evite distrações externas. Mantenha as luzes baixas e evite barulhos. Crianças autistas podem ter uma sobrecarga sensorial com muitas luzes, sons e outros distúrbios.
  • Quando estiver usando o teclado, mantenha-o perto da tela do computador. Alunos autistas podem ter dificuldade em olhar para cima e para baixo, do teclado até tela, para escrever. Manter o teclado e a tela no mesmo plano visual facilitará a tarefa para os alunos

TEXTO RETIRADO NA INTEGRA DO SITE EHOW

Estereotipia Vocal

Estereotipia Vocal


Gritos, mantras, falação, barulhos ... pouco a pouco vão mexendo nos nervos de quem está por perto. Quando menor, o Pedro tinha uma forte estereotipia vocal que ele se entretia com ela o dia inteiro, se não direcionado para outra coisa. Abaixo está a descrição do que fizemos na época.


Aplicamos uma técnica que é voltada para o auto-controle da estereotipia, primeiro ponto foi ensiná-lo que ele comanda a estereotipia e não a estereotipia comanda ele.

Segundo os especialistas de comportamento, quando o Pedro entra na estereotipia vocal é como se ele ligasse um video-game na cabeca, o que é muito mais divertido (para ele) do que qualquer outra interação.


Na prática: Dentro da sessão de ABA nós estipulamos um trial só para redirecionar esse comportamento, o Pedro podia escolher a atividade e a cada 5 segundos a terapeuta premiava ele por "quiet mouth" (boca quieta), nos usamos o fichas e quando ele conquistava 5 ficha podia brincar no jardim.


Quando ele entendeu que ELE tinha o poder sobre a estereotipia vocal nós fizemos um cartão com um lado vermelho (No  ruído – Sem  barulho) e outro lado verde (ruído é ok).  Então durante a sessão de terapia, enquanto ele estava trabalhando, se ele fizesse a estereotipia vocal a terapeuta mostrava o cartão do lado vermelho e dizia "sem barulho", quando ele estava nos seus momentos livres que são o reforço dele a terapeuta mostrava o cartão verde e dizia "agora barulho é OK".
Quando ele entendeu bem - nós coletamos dados em quantas vezes por sessão era necessário redirecionar estereotipia vocal quando no cartão vermelho e quando chegamos a 10 vezes em 2 horas e meia - colocamos o cartão na parede, do lado vermelho quando ele está trabalhando e do lado verde quando ele está em "reinforcer time" e se a terapeuta precisa redirecionar ela só aponta para o cartão na parede.

Eu tinha um na cozinha também que eu coloquei para as refeições.

Ele entendeu tão bem que algumas vezes, dentro da sessão, a terapeuta esquecia de virar para o lado vermelho na hora do "trabalho" e ele mesmo ia na parede e virava.


Ele generalizou para outras situações também, quando estamos em público eu só redireciono dizendo "no ruído" e ele sabe que tem que controlar o barulho.


Eu tento não ser pentelha e redirecionar a todo o tempo, eu só redirecino quando não pode mesmo, se ele esta num parque, na piscina, que dê os gritinhos que quiser, mas se é uma sala de espera, tem que ficar com a boca quieta.


As outras teorias, RDI e Son Rise, dizem que quanto mais ele estiver envolvido em outras coisas, menos estará engajado nas estereotipias, isso é verdade, mas às vezes temos que usar do ABA para engajá-los.


O RDI pede que você não redirecione a estereotipia e sim a atenção da criança, outra maneira seria se quando a criança começasse com uma estereotipia o adulto redirecionar a atenção da criança para alguma atividade que fosse incompatível com o movimento que ela está fazendo.

Então com a estereotipia vocal, seria fazê-lo respirar fundo, cantar lalala ou qualquer outra coisa que fosse impossível fazer simultâneo aos mantras e gritos.


Outras estratégias para auto-cntrole:
Labels: ABAEstereotipia
Wednesday, September 12, 2012

fonte: http://umavozparaoautismo.blogspot.com.br/search/label/Estereotipia

TEXTO RETIRADO NA INTEGRA DO SITE TEA EM SUPERAÇÃO

Quais deficiências causam mal comportamento no caso do autismo

É frequente que crianças com autismo sejam rotuladas com problemas de comportamento sérios. Quando observadas sem o conhecimento das dificuldades neurológicas e deficiências associadas, comportamentos como gritar, bater em coisas, hiperatividade, distanciamento, risadas inapropriadas e invasão do espaço do outro podem parecer um indicativo de falta de disciplina e desafio absoluto. Este não é o caso. Devido às deficiências neurológicas, estas crianças enfrentam desafios diários que inibem sua habilidade de perceber o mundo ao seu redor.
::Distúrbios de processamento sensorial

Várias crianças autistas sofrem com deficiência de processamento de estímulos sensoriais. Integrações sensoriais normais permitem que a pessoa capte informações sobre o que a cerca através de seus sentidos, incluindo a visão, o olfato, a audição, o tato e a noção de espacialidade (onde termina o seu corpo e começa o espaço). A informação é processada no cérebro e então interpretada, organizada, e mandada de volta para o corpo com instruções para uma resposta adequada. Ter deficiências de processamento sensorial significa que o estímulo é captado, mas quando a informação entra no cérebro, ela não é processada corretamente, e então o cérebro envia respostas inapropriadas e anormais. O cérebro é hiper-responsivo quando ele basicamente entra em curto-circuito com sensações intensas ou aumentadas. Mesmo o mais leve toque em uma criança autista pode provocar uma reação agressiva: o sistema nervoso está sempre em estado de alerta e percebe todo movimento ou sensação como perigo. Por isso, a criança deve evitar alguns tipos de comida, roupas, movimentos, ou fazer movimentos repetitivos para acalmar o corpo. Pelo contrário, o cérebro pode ser hiporresponsivo quando simplesmente não registra e não responde aos estímulos recebidos. Uma criança pode cair ou bater a cabeça e não indicar nenhuma sensação de dor. Para ter uma noção melhor de seu mundo, ela pode empregar todos os outros sentidos como forma de compensação. É recomendada a terapia ocupacional, junto com o uso de produtos como coletes de compressão ou de peso, segunda pele, e balanços giratórios para ajuda sensorial.

::Deficiências de enzimas digestivas

Crianças com autismo tendem a ter problemas digestivos devido a uma deficiência enzimática, que pode causar vazamento do revestimento intestinal, mais conhecido como vazamento do intestino. Esta deficiência faz que substâncias de alimentos parcialmente digeridos chamados peptídeos entrem diretamente na corrente sanguínea. Os culpados mais comuns por iniciar estas reações são o glúten e a caseína. O glúten e proteínas semelhantes são encontrados no trigo e em outros grãos, assim como em comidas derivadas destes. Também podem ser encontrados em amidos, semolina, malte, molhos de soja, temperos e corantes artificiais. A caseína é uma proteína encontrada no leite e em alimentos que o contenham, como queijo, manteiga, iogurte e sorvete. Quando o glúten e a caseína não são digeridos apropriadamente, os peptídeos formados agem como opiáceos, causando curto-circuito nas funções cerebrais e alterando o comportamento, as percepções e respostas da criança autista ao ambiente. Problemas comportamentais causados por deficiências digestivas podem incluir isolamento social, risadas inapropriadas e falta de percepção ou interesse no que está acontecendo. Existem vários substitutos viáveis e deliciosos como massas, cereais, biscoitos e até pães sem glúten. Sorvetes e iogurtes com base de leite de coco estão se tornando mais populares, assim como o leite de amêndoas.

::Desconexão funcional entre os hemisférios cerebrais

Baseado nos estudos do Dr. Robert Melillo, o autismo e outras deficiências de aprendizado são causados por vários graus de desequilíbrio hemisférico no cérebro. Para que o cérebro funcione normalmente, as atividades em ambos os hemisférios direito e esquerdo devem funcionar em harmonia. Quando o cérebro não consegue mais compartilhar e integrar informações com eficiência, ele se torna desconexo. O hemisfério deficiente e a porcentagem de distância entre os dois indica os diferentes sintomas e comportamentos que anteriormente eram identificados como diagnósticos separados. Pessoas com deficiência no lado direito do cérebro são lógicas, lineares e literais em sua percepção das coisas; elas perdem a perspectiva geral com deixas e questões sociais. Podem repetir e memorizar mas não compreender a informação que estão recitando. Fisicamente, é comum que tenham sensibilidades a comidas, alergias e problemas digestivos. Seu andar é desajeitado e seus músculos não são totalmente desenvolvidos, o que afeta diretamente a coordenação. Estes sintomas são típicos de pessoas com autismo ou TDAH. Pessoas com deficiências no lado esquerdo do cérebro são mais criativas, atléticas, e têm problemas com detalhes. Elas têm dificuldades de desenvolvimento da coordenação motora e podem gaguejar quando cansadas ou frustradas. São boas em raciocínio matemático e interpretação de texto. Estes sintomas são comuns a quem tem dislexia. Ambos os tipos têm extrema dificuldade de processar e integrar estímulos sensoriais, o que pode se manifestar de várias formas, incluindo sensibilidade alta ou baixa à luz, sons ou ao toque, assim como dificuldades para comer. A pesquisa do Dr. Melillo indica que o cérebro não é ligado com fios e que a desconexão funcional pode ser corrigida por um regime de terapia e nutrição.

Foto: É frequente que crianças com autismo sejam rotuladas com problemas de comportamento sérios. Quando observadas sem o conhecimento das dificuldades neurológicas e deficiências associadas, comportamentos como gritar, bater em coisas, hiperatividade, distanciamento, risadas inapropriadas e invasão do espaço do outro podem parecer um indicativo de falta de disciplina e desafio absoluto. Este não é o caso. Devido às deficiências neurológicas, estas crianças enfrentam desafios diários que inibem sua habilidade de perceber o mundo ao seu redor.
::Distúrbios de processamento sensorial

Várias crianças autistas sofrem com deficiência de processamento de estímulos sensoriais. Integrações sensoriais normais permitem que a pessoa capte informações sobre o que a cerca através de seus sentidos, incluindo a visão, o olfato, a audição, o tato e a noção de espacialidade (onde termina o seu corpo e começa o espaço). A informação é processada no cérebro e então interpretada, organizada, e mandada de volta para o corpo com instruções para uma resposta adequada. Ter deficiências de processamento sensorial significa que o estímulo é captado, mas quando a informação entra no cérebro, ela não é processada corretamente, e então o cérebro envia respostas inapropriadas e anormais. O cérebro é hiper-responsivo quando ele basicamente entra em curto-circuito com sensações intensas ou aumentadas. Mesmo o mais leve toque em uma criança autista pode provocar uma reação agressiva: o sistema nervoso está sempre em estado de alerta e percebe todo movimento ou sensação como perigo. Por isso, a criança deve evitar alguns tipos de comida, roupas, movimentos, ou fazer movimentos repetitivos para acalmar o corpo. Pelo contrário, o cérebro pode ser hiporresponsivo quando simplesmente não registra e não responde aos estímulos recebidos. Uma criança pode cair ou bater a cabeça e não indicar nenhuma sensação de dor. Para ter uma noção melhor de seu mundo, ela pode empregar todos os outros sentidos como forma de compensação. É recomendada a terapia ocupacional, junto com o uso de produtos como coletes de compressão ou de peso, segunda pele, e balanços giratórios para ajuda sensorial.

::Deficiências de enzimas digestivas

Crianças com autismo tendem a ter problemas digestivos devido a uma deficiência enzimática, que pode causar vazamento do revestimento intestinal, mais conhecido como vazamento do intestino. Esta deficiência faz que substâncias de alimentos parcialmente digeridos chamados peptídeos entrem diretamente na corrente sanguínea. Os culpados mais comuns por iniciar estas reações são o glúten e a caseína. O glúten e proteínas semelhantes são encontrados no trigo e em outros grãos, assim como em comidas derivadas destes. Também podem ser encontrados em amidos, semolina, malte, molhos de soja, temperos e corantes artificiais. A caseína é uma proteína encontrada no leite e em alimentos que o contenham, como queijo, manteiga, iogurte e sorvete. Quando o glúten e a caseína não são digeridos apropriadamente, os peptídeos formados agem como opiáceos, causando curto-circuito nas funções cerebrais e alterando o comportamento, as percepções e respostas da criança autista ao ambiente. Problemas comportamentais causados por deficiências digestivas podem incluir isolamento social, risadas inapropriadas e falta de percepção ou interesse no que está acontecendo. Existem vários substitutos viáveis e deliciosos como massas, cereais, biscoitos e até pães sem glúten. Sorvetes e iogurtes com base de leite de coco estão se tornando mais populares, assim como o leite de amêndoas.

::Desconexão funcional entre os hemisférios cerebrais

Baseado nos estudos do Dr. Robert Melillo, o autismo e outras deficiências de aprendizado são causados por vários graus de desequilíbrio hemisférico no cérebro. Para que o cérebro funcione normalmente, as atividades em ambos os hemisférios direito e esquerdo devem funcionar em harmonia. Quando o cérebro não consegue mais compartilhar e integrar informações com eficiência, ele se torna desconexo. O hemisfério deficiente e a porcentagem de distância entre os dois indica os diferentes sintomas e comportamentos que anteriormente eram identificados como diagnósticos separados. Pessoas com deficiência no lado direito do cérebro são lógicas, lineares e literais em sua percepção das coisas; elas perdem a perspectiva geral com deixas e questões sociais. Podem repetir e memorizar mas não compreender a informação que estão recitando. Fisicamente, é comum que tenham sensibilidades a comidas, alergias e problemas digestivos. Seu andar é desajeitado e seus músculos não são totalmente desenvolvidos, o que afeta diretamente a coordenação. Estes sintomas são típicos de pessoas com autismo ou TDAH. Pessoas com deficiências no lado esquerdo do cérebro são mais criativas, atléticas, e têm problemas com detalhes. Elas têm dificuldades de desenvolvimento da coordenação motora e podem gaguejar quando cansadas ou frustradas. São boas em raciocínio matemático e interpretação de texto. Estes sintomas são comuns a quem tem dislexia. Ambos os tipos têm extrema dificuldade de processar e integrar estímulos sensoriais, o que pode se manifestar de várias formas, incluindo sensibilidade alta ou baixa à luz, sons ou ao toque, assim como dificuldades para comer. A pesquisa do Dr. Melillo indica que o cérebro não é ligado com fios e que a desconexão funcional pode ser corrigida por um regime de terapia e nutrição.
Fonte: www.ehow.com.br

Texto retirado na íntegra do Face Síndrome de Asperger - Autismo

Dicas de ensino para crianças e adulktos com autismo - Por Temple Grandin

DICAS DE ENSINO PARA CRIANÇAS E ADULTOS COM AUTISMO.

Por Temple Grandin

Bons professores me ajudaram a atingir o sucesso. Eu estava pronto para superar o autismo porque eu tive bons professores .
Na idade de dois anos e meio, eu fui colocado num berçário estruturado com professores experientes.
Desde a idade de muito cedo, fui ensinado a ter boas maneiras e a me comportar a mesa do jantar.
Crianças com autismo precisam ter o dia estruturado e professores que saibam ser firmes, mas humanos.

1 - Muitas pessoas com autismo são pensadores visuais. Eu penso por imagens. Eu não penso por linguagem. Todos os meus pensamentos são como vídeo - tapes correndo em minha imaginação. Imagens são minha primeira linguagem.
Os substantivos foram as palavras mais fáceis de aprender, porque eu podia formar uma imagem em minha mente. Para aprender palavras como "embaixo" e "em cima", o professor podia mostrá-las para a criança. Por exemplo: Pegava o avião de brinquedo e dizia: "em cima", enquanto fazia o avião levantar da cadeira.

2 - Deve-se evitar series de instruções verbais longas. Pessoas com autismo tem problemas de lembrar seqüências. Se a criança sabe ler, escreva as instruções no papel. Eu sou inábil
em lembrar seqüências. Se eu pergunto a localização de um posto de gasolina, eu posso lembrar apenas três passos. Localização com mais de três instruções tem que ser escritas.
Eu ainda tenho dificuldade de lembrar números de telefones, porque eu não posso formar uma imagem em minha mente.

3 - Muitas crianças com autismo são bons desenhistas, artistas e programadores de computador. Estes tipos de talento poderiam ser encorajados. Eu penso que há necessidade de dar mais ênfase no desenvolvimento dos talentos das crianças.

4 - Muitas crianças autistas tem fixação em um assunto, como trens ou mapas. A melhor forma de trabalhar com essas fixações é usá-las como motivos de trabalhos escolares. Ex.: Se uma criança gosta de trens, então use trens para ensiná-la a ler e fazer cálculos. Leia um livro sobre trens e faça problemas matemáticos com trens. Por exemplo: Calcule a distância que um trem percorre para ir de New York a Washington.

5 - Use métodos visuais concretos para ensinar números e conceitos. Meus pais me deram um brinquedo matemático que me ajudou a aprender números. Ele consistia em um jogo de blocos que tinha comprimentos diferentes e cores diferentes para os números de uma a dez. Com isto, eu aprendi a adicionar e subtrair. Para aprender frações, meu professor tinha uma maçã de madeira cortada em quatro partes e uma pêra cortada ao meio. A partir dai, eu aprendi o conceito de quatro e metades.

6 - Eu tinha a pior letra da minha classe. Muitas crianças autistas tem problemas com controle motor de suas mãos. Letra bonita é algumas vezes muito difícil . Isto pode frustrar totalmente a criança. Para reduzir a frustração e ajudar a criança a adquirir escrita, deixe-a datilografar/digitar no computador. Datilografar/digitar é, as vezes, muito mais fácil.

7 - Algumas crianças autistas aprenderão a ler mais facilmente por métodos fônicos, e outras aprenderão com a memorização das palavras. Eu aprendi pelo método fônico.

8 - Quando eu era uma criança, sons altos como o da campainha da escola, feriam os meus ouvidos como uma broca de dentista fere um nervo. Crianças com autismo precisam ser protegidas de sons que ferem seus ouvidos. Os sons que causaram os maiores problemas são:
campainhas de escola, zumbidos no quadro de pontuação dos ginásios, som de cadeiras se arrastando pelo chão. Em muitos casos a criança estará pronta para tolerar o sino ou zumbido se ele for abafado simplesmente pelo recheio de um tecido, papel ou um tipo de cadarço ou cordão. O arrastar de cadeiras pode ser silenciado com colocação de borrachas de tênis ou carpetes. A criança pode temer uma determinada sala, porque tem medo que de
repente possa ser submetida ao agudo do microfone vindo do sistema amplificador. O medo de um som horrível pode causar péssimo comportamento.

9 - Algumas pessoas autistas são importunadas por distrações visuais ou luzes fluorescentes. Elas podem ver a centelha do ciclo 60 de eletricidade. Para evitar este problema, coloque a carteira da criança perto da janela ou tente evitar usar luzes fluorescentes. Se as luzes não podem ser evitadas, use as lâmpadas mais novas que você puder conseguir. Lâmpadas mais novas tremem menos.

10 - Algumas crianças autistas hiperativas que atormentam todo o tempo, serão por vezes acalmados se elas forem vestidas com um colete com enchimento. A pressão da roupa ajuda a acalmar o sistema nervoso. Eu fui grandemente acalmado por pressão. Para
melhores resultados, a roupa poderia ser vestida por vinte minutos e então retirada por alguns minutos. Isto previne o sistema nervoso de se adaptar a ela.

11 - Algumas pessoas com autismo em particular, responderão melhor e terão melhorado o contato visual e a fala se o professor interagir com elas enquanto estiverem nadando ou rolando em uma esteira. A introdução sensória pelo balanço ou a pressão de esteira algumas vezes ajuda a melhorar a fala. O balanço pode ser feito como um jogo divertido. Ele NUNCA deve ser forçado.

12 - Algumas crianças e adultos podem cantar melhor que falar. Eles podem responder melhor se as palavras forem cantadas para eles. Algumas crianças com extrema sensibilidade sonora responderão melhor se o professor falar com elas em um leve sussurro.

13 - Algumas crianças e adultos não-verbais podem não processar estímulos visuais e auditivos ao mesmo tempo. Elas são onocanais. Elas podem não ver ou ouvir ao mesmo tempo, e não podem ser chamadas a ver e ouvir ao mesmo tempo. A elas poderá ser dada
ou uma tarefa auditiva ou uma tarefa visual. Seu sistema nervoso imaturo não está apto a processar simultaneamente estímulos visuais e auditivos.

14 - Em crianças não-verbais mais velhas e adultos, o tato é algumas vezes trorna seu senso mais confiavel. As vezes e muito mais fácil para elas sentir. Letras podem ser ensinadas ao deixá-las tatear letras plásticas. Elas podem aprender seu itinerário (rotina) diário, sentindo objetos alguns minutos antes da atividade programada. Por exemplo: 15 minutos antes do almoço, dê a elas uma colher para segurar. Alguns minutos antes de sair de carro, deixe-a pegar um carrinho de brinquedo.

Fonte: http://www.autism.org/temple/tips.html, por Tereza Cristina (APAE de BetimMG) e traduzido por Kathia (Delegada Regional e funcionária da APAE (Betim-MG)

Foto: DICAS DE ENSINO PARA CRIANÇAS E ADULTOS COM AUTISMO. 

Por Temple Grandin 
 
Bons professores me ajudaram a atingir o sucesso. Eu estava pronto para superar o autismo porque eu tive bons professores . 
Na idade de dois anos e meio, eu fui colocado num berçário estruturado com professores experientes. 
Desde a idade de muito cedo, fui ensinado a ter boas maneiras e a me comportar a mesa do jantar. 
Crianças com autismo precisam ter o dia estruturado e professores que saibam ser firmes, mas humanos. 

1 - Muitas pessoas com autismo são pensadores visuais. Eu penso por imagens. Eu não penso por linguagem. Todos os meus pensamentos são como vídeo - tapes correndo em minha imaginação. Imagens são minha primeira linguagem. 
Os substantivos foram as palavras mais fáceis de aprender, porque eu podia formar uma imagem em minha mente. Para aprender palavras como "embaixo" e "em cima", o professor podia mostrá-las para a criança. Por exemplo: Pegava o avião de brinquedo e dizia: "em cima", enquanto fazia o avião levantar da cadeira. 

2 - Deve-se evitar series de instruções verbais longas. Pessoas com autismo tem problemas de lembrar seqüências. Se a criança sabe ler, escreva as instruções no papel. Eu sou inábil 
em lembrar seqüências. Se eu pergunto a localização de um posto de gasolina, eu posso lembrar apenas três passos. Localização com mais de três instruções tem que ser escritas. 
Eu ainda tenho dificuldade de lembrar números de telefones, porque eu não posso formar uma imagem em minha mente.

3 - Muitas crianças com autismo são bons desenhistas, artistas e programadores de computador. Estes tipos de talento poderiam ser encorajados. Eu penso que há necessidade de dar mais ênfase no desenvolvimento dos talentos das crianças. 

4 - Muitas crianças autistas tem fixação em um assunto, como trens ou mapas. A melhor forma de trabalhar com essas fixações é usá-las como motivos de trabalhos escolares. Ex.: Se uma criança gosta de trens, então use trens para ensiná-la a ler e fazer cálculos. Leia um livro sobre trens e faça problemas matemáticos com trens. Por exemplo: Calcule a distância que um trem percorre para ir de New York a Washington. 

5 - Use métodos visuais concretos para ensinar números e conceitos. Meus pais me deram um brinquedo matemático que me ajudou a aprender números. Ele consistia em um jogo de blocos que tinha comprimentos diferentes e cores diferentes para os números de uma a dez. Com isto, eu aprendi a adicionar e subtrair. Para aprender frações, meu professor tinha uma maçã de madeira cortada em quatro partes e uma pêra cortada ao meio. A partir dai, eu aprendi o conceito de quatro e metades. 

6 - Eu tinha a pior letra da minha classe. Muitas crianças autistas tem problemas com controle motor de suas mãos. Letra bonita é algumas vezes muito difícil . Isto pode frustrar totalmente a criança. Para reduzir a frustração e ajudar a criança a adquirir escrita, deixe-a datilografar/digitar no computador. Datilografar/digitar é, as vezes, muito mais fácil. 

7 - Algumas crianças autistas aprenderão a ler mais facilmente por métodos fônicos, e outras aprenderão com a memorização das palavras. Eu aprendi pelo método fônico. 

8 - Quando eu era uma criança, sons altos como o da campainha da escola, feriam os meus ouvidos como uma broca de dentista fere um nervo. Crianças com autismo precisam ser protegidas de sons que ferem seus ouvidos. Os sons que causaram os maiores problemas são: 
campainhas de escola, zumbidos no quadro de pontuação dos ginásios, som de cadeiras se arrastando pelo chão. Em muitos casos a criança estará pronta para tolerar o sino ou zumbido se ele for abafado simplesmente pelo recheio de um tecido, papel ou um tipo de cadarço ou cordão. O arrastar de cadeiras pode ser silenciado com colocação de borrachas de tênis ou carpetes. A criança pode temer uma determinada sala, porque tem medo que de 
repente possa ser submetida ao agudo do microfone vindo do sistema amplificador. O medo de um som horrível pode causar péssimo comportamento. 

9 - Algumas pessoas autistas são importunadas por distrações visuais ou luzes fluorescentes. Elas podem ver a centelha do ciclo 60 de eletricidade. Para evitar este problema, coloque a carteira da criança perto da janela ou tente evitar usar luzes fluorescentes. Se as luzes não podem ser evitadas, use as lâmpadas mais novas que você puder conseguir. Lâmpadas mais novas tremem menos. 

10 - Algumas crianças autistas hiperativas que atormentam todo o tempo, serão por vezes acalmados se elas forem vestidas com um colete com enchimento. A pressão da roupa ajuda a acalmar o sistema nervoso. Eu fui grandemente acalmado por pressão. Para 
melhores resultados, a roupa poderia ser vestida por vinte minutos e então retirada por alguns minutos. Isto previne o sistema nervoso de se adaptar a ela. 

11 - Algumas pessoas com autismo em particular, responderão melhor e terão melhorado o contato visual e a fala se o professor interagir com elas enquanto estiverem nadando ou rolando em uma esteira. A introdução sensória pelo balanço ou a pressão de esteira algumas vezes ajuda a melhorar a fala. O balanço pode ser feito como um jogo divertido. Ele NUNCA deve ser forçado. 

12 - Algumas crianças e adultos podem cantar melhor que falar. Eles podem responder melhor se as palavras forem cantadas para eles. Algumas crianças com extrema sensibilidade sonora responderão melhor se o professor falar com elas em um leve sussurro. 

13 - Algumas crianças e adultos não-verbais podem não processar estímulos visuais e auditivos ao mesmo tempo. Elas são onocanais. Elas podem não ver ou ouvir ao mesmo tempo, e não podem ser chamadas a ver e ouvir ao mesmo tempo. A elas poderá ser dada 
ou uma tarefa auditiva ou uma tarefa visual. Seu sistema nervoso imaturo não está apto a processar simultaneamente estímulos visuais e auditivos. 

14 - Em crianças não-verbais mais velhas e adultos, o tato é algumas vezes trorna seu senso mais confiavel. As vezes e muito mais fácil para elas sentir. Letras podem ser ensinadas ao deixá-las tatear letras plásticas. Elas podem aprender seu itinerário (rotina) diário, sentindo objetos alguns minutos antes da atividade programada. Por exemplo: 15 minutos antes do almoço, dê a elas uma colher para segurar. Alguns minutos antes de sair de carro, deixe-a pegar um carrinho de brinquedo. 

Fonte: http://www.autism.org/temple/tips.html, por Tereza Cristina (APAE de BetimMG) e traduzido por Kathia (Delegada Regional e funcionária da APAE (Betim-MG)

Texto retirado na íntegra do Face Síndrome de Asperger - Autismo

Teoria da Mente (TOM) ou cegueira mental: entendendo e ajudando um autista a compreender o mundo


Teoria da Mente (TOM) ou cegueira mental: entendendo e ajudando um autista a compreender o mundo


Muitos autistas passam por sem educação ou anti-sociais e até mesmo por frios e calculistas pois possuem dificuldade em se colocar no lugar do outro, perceber o que ele sente ou imaginar o que a pessoa pensa.
Teoria da Mente (TOM) é a habilidade de fazer suposições precisas sobre o que os outros pensam ou sentem que nos ajuda a prever o que farão. Aptidão importante para o convívio social e que é adquirida por volta dos 4 anos em um desenvolvimento típico e crianças com autismo desenvolvem posteriormente.
Podemos perceber a dificuldade de TOM em crianças autistas nas corriqueiras tarefas:
-Apontar coisas para outros.
-Estabelecer contato visual.
-Seguir os olhos de outro indivíduo quando esse está falando sobre aquilo que estão olhando.
-Usar gestos para comunicar-se.
-Entender as emoções no rosto alheio.
-Usar variação normal de expressões emocionais no próprio rosto.
-Mostrar interesse em outras crianças.
-Saber como envolver-se com outras crianças.
-Manter-se calma quando se sente frustrada.
-Entender que alguém pode ajudá-la.
-Entender como os outros se sentem em algumas situações (por exemplo, irritado ou amedrontado).
A medida que vão crescendo essa falta de habilidade já é demonstrada de outras maneiras:
-Tendência a pensar sobre o mundo de seu próprio ponto de vista, o que a faz parecer uma pessoa egoísta.
-Tendência a participar de atividades que não dependem de outras pessoas
-Foco apenas em suas necessidades
-Dificuldade em compreender a emoção alheia, portanto há uma falta de empatia
-Necessidade de estar no controle
-Falta de flexibilidade em interações
-Uso de regras sociais de forma rígida em vez de regras adaptáveis
-Tendência a mais receber do que dar (no dar/receber de relacionamentos)
-Problema com revesamento
-Tendência a tratar as pessoas igualmente, sem saber diferenciar idade ou autoridade
-Ser facilmente levado por outros em consequência de sua dificuldade de entender os motivos alheios
-Tendência a relacionar-se melhor com adultos, pois estes são mais previsíveis e podem ser mais tolerantes
-Dificuldade com brincadeiras de faz de conta e de entender o fato de contar mentiras
-Dificuldade em entender que seu comportamento afeta a maneira como os outros pensam ou sentem
-Dificuldade em entender sobre compartilhar entusiasmo, prazer ou pertences
-Tendência a falar excessivamente sobre determinado tópico de seu interesse sem considerar a opinião do ouvinte (por exemplo falta de interesse ou tédio de quem escuta)
Vendo essas características acima percebemos que autistas são julgados erroneamente como egoístas e muitos chegam a achar que eles não gostam de se relacionar com as pessoas por não terem capacidade de amar, o que é um absurdo pois eles são muito afetuosos.
Se tentarmos imaginar a dificuldade de compreender como alguém se sente ou pensa ou de levar em conta seu ponto de vista, percebemos como o mundo deve parecer confuso e assustador e como as interações sociais devem ser difíceis.
Mas é claro que nós podemos ajudá-los a melhorar essas habilidades sociais e podemos fazer isso de forma super prazerosa!
Algumas dicas são:
- Brincar de esconde-esconde (aqui vc tem que pensar onde seria difícil pra outra pessoa te encontrar, tem que prever acontecimentos)
- Brincar de teatro (cada um é uma personagem e juntos podem construir como ela pensa, age, veste, etc)
- Jogo de mímica em que um finge que é algo pro outro adivinhar ( a criança tem que se colocar no lugar da personagem, bicho, etc para imitá-lo)
- Jogo de perguntas para dedução ( A Criança vai ter que analisar as perguntas para ver qual resposta se encaixa melhor)
- Planejar programas em família! (pensar no que cada um gostaria, no que pode acontecer e prevenir se pode acontecer algo inesperado como uma chuva… se acontecer, o que fazer?)
- Adivinhações e enigmas (o que é o que é, qual é a música, qual é o filme, brincar de detetive)
- Piadas
- Ver filmes, desenhos ou novelas juntos para explicar as brincadeiras (senso de humor) e o sarcasmo e também os sentimentos (porque a personagem chorou ou ficou preocupada?)
- Colocar figuras em ordem para formar uma historinha (previsibilidade)
- Quebra cabeças (previsibilidade)
- Jogos de tabuleiros (previsibilidade, esportiva, saber lidar com frustração e espera)
- Jogos geradores de conversas como o Puxa Conversa e o o que você faria, vendidos em livrarias.
- Playmobil (Se colocar no lugar de personagens em castelos, florestas, etc)
- Videogueime (previsibilidade, frustração, persistência – cuidado para não virar isolamento… junte-se!)
- Criar funções diferentes pro mesmo objeto (banana vira telefone, vira uma meia lua, etc)
- Desenhar rostos no quadro ou caderno de acordo com o sentimento falado ou a história contada
Fonte: Livro – Convivendo Com o Autismo e a Síndrome de Asperger: Estratégias Práticas para Pais e Profissionais /Autores: Chris Williams e Barry Whrigt
TEXTO RETIRADO NA INTEGRA DO SITE ESTOU AUTISTA

Como colocar limites em uma criança autista - por Evelyn Vinocur

Como colocar limites em uma criança autista?

Começar desde cedo e não ceder aos gritos é o melhor para a criança


POR ESPECIALISTA - PUBLICADO EM 04/09/2013

O autismo se caracteriza, entre outros sintomas, por rigidez e inflexibilidade do pensamento, linguagem e comportamento. A criança tende a adotar uma rotina própria, com rituais específicos e a apresentar grande sofrimento ao ter que abrir mão dos mesmos, como interromper gestos repetitivos e mudar de ambiente. Por isso mesmo, os pais podem acabar tendo problemas ao lidar com as crianças, e dúvidas como ?cedemos às suas ameaças ou resistimos??. Mas como todo filho, eles precisam de limites para crescerem felizes, com ou sem autismo

A criança autista tem mais problemas em ser contrariada?

Pelo déficit cognitivo, dificuldade de expressar sentimentos, presença de comportamentos obsessivo-ritualísticos, compreensão literal da linguagem, não aceitação a mudanças e dificuldades nos processos criativos, a criança autista pode ter crises de fúria diante das mudanças impostas. Quando contrariada e ouve um "não", ela se vê diante da frustração e pode reagir com muita raiva. 
A imposição precoce de limites nessas crianças é essencial, embora bem dolorosa, principalmente se os pais exageram na emoção ou culpa, perdendo a razão. Uma dica é estabelecer limites já nos primeiros anos de vida da criança, facilitando o seu aprendizado. Quanto antes a criança aprender a lidar com limites, raiva e frustração, melhor será a sua capacidade adaptativa. Cabe aos pais a decisão do que a criança pode ou não fazer e o ideal é que seja feito sem pena e sim com a certeza de que está se fazendo o melhor para o seu futuro.
A definição de regras a uma criança não é fácil, independente do diagnóstico de autismo, tanto que dificuldades em dar limites são amplamente descritas na literatura de crianças com outros transtornos e até em crianças sem problemas aparentes. Em qualquer situação é sabido que o estabelecimento precoce de limites é essencial a qualquer criança, já nos seus primeiros anos de vida. 
Nas crianças autistas, quanto mais precoce for a colocação de limites, menos penoso será o manejo com a criança ao longo da vida e mais fácil será o seu aprendizado e a sua capacidade adaptativa na vida. Quanto mais claros e objetivos forem os pais, mais rápido a criança entenderá o que é esperado dela, facilitando a sua compreensão de quando o "não" é de fato um "não". A autoridade parental deve ser exercida sem autoritarismo e a última palavra tem que ser sempre dos pais. 

Quando o grau é mais severo

Crianças com graus mais severos de autismo certamente demandarão mais esforços parentais na colocação de limites, até por conta dos prejuízos cognitivos e comportamentais serem mais crônicos. É possível que o sistema nervoso central seja mais imaturo e o quociente de inteligência (QI), menor. Tais déficits cognitivos podem dificultar a compreensão do seguimento de regras de obediência, da capacidade de lidar com a figura de autoridade e de interromper uma atividade prazerosa do momento. Casos mais graves têm demanda de definição de limites mais precoce, para uma melhor educação, sociabilização e amadurecimento cerebral bem como na promoção da saúde global do sistema familiar. 

Equilíbrio entre estímulo ao desenvolvimento com os limites

O compromisso dos pais com o estímulo e consequente desenvolvimento das habilidades infantis faz toda a diferença. Só que nenhuma criança é igual à outra. Por isso, cada família deverá seguir uma receita personalizada e única para a criança autista. 
Conhecimento da doença, bom senso e determinação deverão ser levados em conta no manejo da criança. A sua estimulação, portanto, será individual e de acordo com as suas características, cujos limites terão que ser respeitados e dentro do que ela é capaz de suportar. Os estímulos adequados funcionam como reforçadores positivos ao comportamento da criança. 
As habilidades de uma criança autista podem ser altas ou baixas, dependendo do coeficiente intelectivo e da capacidade de comunicação verbal. Com o tratamento precoce e adequado, algumas crianças autistas poderão desenvolver aspectos de independência ao longo da vida. É do equilíbrio entre a estimulação e o freio nessas crianças que elas desenvolverão ao máximo o seu potencial e habilidades de vida, levando-se em conta os seus limites e o contexto ao qual ela se insere. 

Buscando ajuda

As terapias familiares são uma das peças chaves à educação da criança autista. A família não deve abrir mão do seu lazer, bem-estar e de seus limites. A criança autista deve ser tratada como um membro da família e não como um "soberano" ou um doente, a quem tudo é permitido. 
É recomendado que os pais conversem entre si e decidam as regras da casa. Pais de opiniões distintas criam um meio familiar confuso, com vários canais diferentes de comunicação. Sem parâmetros definidos, a criança pode desafiá-los. Ela aprende que insistindo exaustivamente, acabará obtendo o que deseja, pois os pais acabarão cedendo. A criança manipula os pais "tiranicamente", com total subserviência dos pais aos desejos e caprichos da criança. 
Os pais precisam ser firmes e taxativos no olhar, postura, palavras e atitudes. Jamais gritar ou bater. Resistir ao choro e gritos da criança, apenas contendo comportamentos autoagressivos. Uma rotina diária, justa e coerente favorecerá uma relação de confiança, em que os pais instruem e oferecem um modelo positivo a ser seguido. 
Outra dica importante é o diálogo. Espere um momento tranquilo em casa e converse com seu filho, explique os motivos pelos quais você não poderá satisfazê-lo sempre. Por vezes, não dar qualquer alternativa também é uma boa. Se a hora de sair do computador é 17h, ele deverá sair nesse horário e ponto final. Criando costumes com coerência, a criança tende a ficar menos resistente às regras. 

TEXTO RETIRADO NA INTEGRA DO SITE MINHA VIDA